30/11/2010

Botucatu comemora melhoria da qualidade de ensino em 2010 usando o método da Sangari

Cumprindo mais um compromisso assumido com a população, a Prefeitura de Botucatu, através da Secretaria Municipal de Educação, dará início no próximo sábado [27], a entrega de uniformes escolares para os cerca de 14 mil alunos atendidos pela rede municipal de ensino. Uma verdadeira “maratona” está programada para os próximos dias, contemplando creches e escolas em todas as regiões da cidade [ver programação abaixo].

A iniciativa, inédita em Botucatu, custará aos cofres do município cerca de R$ 2 milhões, beneficiando alunos do Ensino Infantil, Ensino Fundamental [1 e 2], Educação Especial e Ensino de Jovens e Adultos. Cada estudante receberá um kit contendo: 05 camisetas meia manga, 01 camiseta manga longa, 02 bermudas [masculino]/shorts-saia [feminino], 01 conjunto de agasalho [jaqueta e calça], 05 pares de meia e 01 par de tênis.

O fornecimento dos uniformes contemplará primeiro as unidades localizadas no setor leste. Neste sábado, o prefeito João Cury Neto, acompanhado do secretário municipal de Educação, Narcizo Minetto Júnior, fará a entrega do material para os pais ou responsáveis de alunos da EMEF Paulo Guimarães, CEI Aida Heloisa Ávila, EMEI Berçário Criança Feliz, CEI Arlette Vilas Boas, CEI José Luiz Amat, EMEF Prof. Martinho Nogueira e CEI Rosemary Cassetari Ribeiro.

“Não imaginava encontrar tantos percalços e que esse processo fosse tão desgastante. Mas nada me faria desistir do sonho de, pela primeira vez, fornecer uniforme de graça para os alunos da nossa rede. Em nenhum momento perdi a confiança e me sentia na obrigação de fazer a entrega ainda esse ano. Peço desculpas aos pais pelo atraso, provocado por contestações de empresas que participaram do processo licitatório e por questionamentos feitos pelo Tribunal de Contas. E agradeço a confiança da grande maioria em nosso trabalho. A espera vai compensar porque eles terão um benefício que os alunos, no passado, não tiveram. E fizemos questão que a qualidade fosse a mesma oferecida pelas escolas particulares”, relata Minetto.

A ideia de oferecer uniforme aos alunos da rede municipal partiu do prefeito João Cury, ao ouvir relatos de pessoas que falavam em separar a melhor roupa para participar do atendimento ao público que é feito às sextas-feiras na prefeitura. Nas visitas feitas às creches e escolas, o prefeito também se sensibilizou com a situação de muitos alunos carentes, que iam para a aula calçando chinelos e com roupas simples.

“No dia do lançamento da Grande Arrancada da Educação disse que meu grande sonho era oferecer uniforme de graça para todas as crianças, acabando com as comparações e a distinção entre aluno pobre e aluno rico. Esse é um momento de extrema satisfação e alegria para todos nós que acreditamos que a educação é o caminho para construção de uma sociedade mais justa, mais fraterna e acima de tudo, mais cristã”, comenta o prefeito.

Os uniformes serão padronizados para todas as escolas. Portanto, se um aluno for transferido de unidade, continuará usando o mesmo agasalho e/ou camiseta. “Isso traz uma série de vantagens como a igualdade social, a elevação da auto-estima da criança e maior controle de quem entra e sai das escolas”, destaca Minetto.

Para o secretário, o ano de 2010 foi bastante produtivo para a educação já que além da entrega inédita de uniformes também foi possível oferecer apostilas para os alunos, implantar o Projeto Sangari “Ciência para Gente” e desenvolver uma série de outras ações voltadas à melhoria da qualidade do ensino. “O diferencial é que o dinheiro da educação foi aplicado dentro da sala de aula, capacitando e valorizando os professores, investindo em material escolar e agora entregando uniforme para fechar o ano com chave de ouro. Mas ainda não acabou. Vem muito mais por aí”, garante.

FONTE: Revista Botucatu Especial

29/11/2010

Na mídia de Sorocaba, especialista da Sangari alerta para apagão de mão-de-obra qualificada

Vinícius Signorelli explica importância da educação em Ciências para o desenvolvimento do polo tecnológico da cidade

A mídia de Sorocaba deu destaque nessa segunda-feira (29/11) ao perigo de um apagão de mão-de-obra qualificada na cidade em um futuro próximo. Sorocaba receberá uma fábrica da montadora japonesa Toyota que será o centro de um polo tecnológico no município, com outras empresas de ponta e faculdades, mas o debate sobre o ensino básico de qualidade para formar os profissionais do futuro está relegado a um segundo plano.

A partir de propostas feitas pela Sangari para ampliar o debate sobre a educação científica de qualidade na região, a rádio Jovem Pan de Sorocaba e o site do Jornal Ipanema encamparam essa causa importante para o futuro do município e abriram espaço para entrevistas com o gerente executivo de Produtos da Sangari, Vinícius Signorelli. Em entrevista com mais de cinco minutos no principal programa de jornalismo da Jovem Pan de Sorocaba, o Jornal da Manhã, Vinícius alertou para o risco iminente de falta de profissionais para o polo usando como exemplo a situação atual de empresas como a Petrobras, que está sofrendo com a falta de pessoal especializado no mercado para preencher milhares de vagas.

“Agora que o Brasil reencontrou o caminho do crescimento, não podemos deixar de vencer o desafio por falta de gente qualificada”, disse Vinícius, que tem mais de 30 anos de experiência em Educação, com trabalhos desenvolvidos para o Ministério da Educação (MEC) e Fundação Roberto Marinho entre outros.

Vinícius defendeu a adoção de políticas de ensino de Ciências em larga escala, em vez de decisões paliativas e de curto alcance. Para o especialista da Sangari, é preciso atingir a todas as crianças, com materiais de alta qualidade em ciência e tecnologia, para que passem a gostar da escola e assim encontrem a vocação.

“Nós temos visto isso em nossa experiência. Quando você começa um ensino de Ciência de qualidade, o aluno começa a se interessar pelo mundo da Ciência e da tecnologia e passa a se dedicar para ser profissional nessa área”, disse Vinícius ao site do Jornal Ipanema. Para ele, no entanto, há um componente essencial a ser perseguido: a rapidez. “Precisamos de gente bem formada no Brasil, e com urgência”, afirmou.

26/11/2010

Água na Oca abre para o público e será de graça neste domingo

Megaexposição do Instituto Sangari já está aberta à visitação no Pavilhão da Oca, no Parque Ibirapuera

A partir de hoje (26/11) o público pode visitar a exposição Água na Oca, a maior mostra sobre a água já feita no Brasil. Idealizada pelo Instituto Sangari em parceria com o Museu de Arte Natural de Nova York, a mostra brasileira ocupa 8 mil m² do Pavilhão da Oca, dez vezes mais do que a versão vista pelos novaiorquinos. Para quem quiser aproveitar para visitar a megaexposição já neste fim de semana, a organização programou entrada gratuita para o domingo (28/11). Durante os cinco meses e meio da mostra, só haverá entrada franca nos últimos domingos de cada mês.

A abertura oficial do evento ocorreu nesta quinta-feira (25/11), com um coquetel para centenas de convidados. Para o presidente do Instituto Sangari, Ben Sangari, a inauguração teve reações muito positivas dos convidados e serviu como um termômetro para indicar o sucesso da mostra.
Antes de chegar ao Brasil a exposição havia circulado por Estados Unidos, Canadá e Austrália com o nome Water: H2O = Life. Trazida pelo Instituto Sangari, ganhou o nome de Água na Oca e dimensões muito maiores, além de cores, movimentos e interatividade exclusivos, mas com o mesmo objetivo de misturar ciência e educação para mostrar a importância da água para a vida na Terra.

Caminhar pela exposição é um passeio didático. Ao mesmo tempo em que a interatividade com as instalações diverte o público, também serve ao aprendizado. Por isso, boa parte dos visitantes da Água na Oca virá das escolas. A organização pretende atrair entre 100 mil e 120 mil alunos das redes pública e privada de ensino em seus cinco meses e meio de duração.

A mostra é dividida por temas, pelos quatro andares em que está montada no Pavilhão da Oca, e está repleta de instalações que levam o visitante a uma viagem pelos rios, oceanos e pela vida marinha no nosso planeta. O subsolo da Oca tem obras de arte relacionadas à água, com cinco trabalhos de artistas brasileiros. Uma parceria com o Instituto Goethe permite a exibição de vídeos de artistas internacionais em cujas obras a água seja a protagonista.

No térreo, a mostra traz as relações entre a água, a vida e o planeta. Também nessa área há aquários com mais de 60 espécies de peixes e uma abordagem sobre a ameaça das pescas predatórias. As janelas redondas da Oca têm imagens em computação gráfica com as espécies da zona abissal dos oceanos.

No primeiro andar da Oca o tema é a fúria das enchentes e suas conseqüências. Nessa área também há exibição de controle de qualidade da água e seu uso racional. O tour se encerra no segundo andar com a exibição de um filme com oito minutos de duração em que uma moeda cai no mar e tem sua trajetória mostrada entre os seres vivos até repousar no fundo do oceano.

Com mais esse megaevento, o Instituto Sangari cumpre uma nova e importante etapa em sua missão de levar ao público em geral a perspectiva da cultura científica como elemento de formação da cidadania e do capital humano. Braço social e cultural da Sangari, o Instituto é responsável por outras grandes mostras, como Revolução Genômica, Darwin e Einstein, que foram vistas por mais de um milhão de pessoas, sendo 450 mil estudantes, em São Paulo, Rio de Janeiro, Petrópolis, Brasília, Goiânia, Curitiba e Vitória.

Desafios mundiaisBen Sangari abriu a megaexposição lembrando, num rápido discurso, como o cidadão de hoje precisa de cultura científica para pensar e decidir sobre as principais questões da nossa era. E expressou sua confiança de que a mostra Água na Oca contribua para alertar sobre um dos grandes desafios mundiais da atualidade, que é a crescente escassez de água potável.

Leia a transcrição do pronunciamento:
"Senhoras, senhores, boa noite.É com muita alegria que o Instituto Sangari e seus parceiros os recebem aqui hoje para a abertura oficial da exposição Água na Oca.
A partir de amanhã, os moradores de São Paulo e de todo o Brasil terão uma oportunidade rara: sem tirar os pés do chão e sem se molhar (talvez um pouquinho...), todos poderão mergulhar no mundo da água e aprender muito sobre esse elemento essencial à vida humana.
Sempre dizemos que temos sede de conhecimento, sede de saber. Água na Oca pode saciar um pouco dessa sede. Afinal, todos nós encontramos nesta mostra respostas para muitas de nossas dúvidas sobre a água.
Por outro lado, todos nós também descobrimos aqui novas perguntas. Saímos desta oca mais curiosos, mais atentos. E é esta mesmo a principal ideia desta exposição e de todas as anteriores do Instituto Sangari: despertar nossos sentidos e nossa razão para a importância do conhecimento em nossas vidas.
Temos sede também de grandes exposições científicas no Brasil. Sentimos falta de espaços públicos onde possamos observar, ouvir e debater fenômenos com recursos que dificilmente vemos nas escolas, como cinema 3D, jogos interativos, ambientes virtuais e outros instrumentos que permitem unir a teoria com a experimentação prática, estudo e diversão, aprendizado com prazer.
Por isso, Água na Oca é uma exposição educativa acima de tudo, e a presença de professores e estudantes é tão importante para nós - e aqui me refiro também ao nosso principal parceiro, o Museu de História Natural de Nova York.
O que começa amanhã, aqui na Oca, a se revelar diante dos olhos dos brasileiros é o fruto do esforço do Instituto Sangari para divulgar a ciência e difundir a cultura científica, sobretudo entre as crianças e jovens brasileiros.
Queremos que eles sejam cada vez mais cidadãos com voz ativa e poder de decisão sobre as grandes questões da nossa era, da clonagem humana, da nano-robótica inteligente, do aquecimento global, entre outras, todas exigindo de nós pelo menos algum conhecimento científico e tecnológico para sustentar nossas ideias e opiniões.
Esta grande experiência que abrimos ao público, com orgulho, é fruto desse esforço conjunto com nossos parceiros – IBM, Petrobras, Bradesco, Movimento CYAN-Ambev, Volkswagen e Tejofran – para oferecer os recursos tecnológicos mais avançados em benefício de uma melhor compreensão, de um aprendizado mais profundo, que efetivamente nos capacita a atuar na sociedade do conhecimento.
Esperamos que todos, principalmente as crianças e os jovens, aprendam mais e melhor com esta exposição, e que possam desde já nos ajudar a enfrentar desafios mundiais como o da escassez de água em diversas regiões, da falta de acesso à água potável, da preservação dos recursos hídricos e dos oceanos, entre outros.
Vamos começar, com alegria, essa nova jornada.
Aproveitem. Descubram. Divirtam-se. São todos bem-vindos!
Muito obrigado!"

Água na Oca
De 26 de novembro de 2010 a 8 de maio de 2011
Pavilhão Lucas Nogueira Garcez – Oca
Av. Pedro Álvares Cabral, S/N – Portão 3, Parque Ibirapuera, São Paulo http://www.aguanaoca.com.br/

Ingressos
- Inteira: R$ 20
- Estudantes e professores com comprovantes: R$ 10 (meia-entrada)
- Menores de 7 e maiores de 60 anos com documento não pagam
- No último domingo de cada mês a entrada é gratuita para todos os visitantes Recomendações
- Permitido tocar apenas em obras interativas
- Permitido fotografar apenas sem o uso de flash
- Não é permitido transitar pela exposição com alimentos e bebidas
- Não é permitido entrar com mochilas e volumes
- Visitas guiadas são permitidas apenas com monitores da exposição

Agendamento para escolas
- Diverte Cultural: 11 3883-9090 exposicao@divertecultural.com.br
- Escolas particulares agendadas: R$ 15 por aluno

Horários
Terças, quartas e sextas-feiras: das 9h às 18h (bilheteria até as 17h)
Quintas-feiras: das 9h às 21h (bilheteria até as 20h)
Sábados, domingos e feriados: das 10h às 20h (bilheteria até as 19h)
Não abre às segundas-feiras e excepcionalmente nos dias 24, 25 e 31 de dezembro de 2010 e em 1º de janeiro de 2011.

25/11/2010

Água na Oca traz o melhor da educação científica para estudantes

Obra artística de Gisela Motta e Leandro Lima, Zero Hidrográfico usa lâmpadas azuis e braços mecânicos para recriar a ondulação da superfície do oceano e lembrar que o nível do mar


Megaexposição abre as portas nesta sexta-feira (26/11) com laboratório e materiais didáticos para atender até 120 mil alunos

A megaexposição Água na Oca abre as portas para todos os públicos nesta sexta-feira (26/11), mas especialmente para os estudantes. Entre 100 mil e 120 mil alunos de todos os níveis escolares, das redes pública e privada, são esperados na maior mostra sobre água já realizada no Brasil. Para atender às necessidades de informação para as crianças e jovens, o Instituto Sangari, idealizador da mostra, criou uma ampla estrutura didática.

Um laboratório foi montado no andar térreo para colocar os estudantes em contato com a educação científica. Nas bancadas ali instaladas eles poderão fazer experiências, assim como ter acesso a materiais didáticos. "A ideia é que esses conteúdos sejam levados pelos alunos e professores para aproveitamento posterior na escola, como materiais extracurriculares, para estimular as discussões e experiências em sala de aula", afirma a diretora executiva do Instituto Sangari, Bianca Rinzler.

Outra facilidade colocada à disposição dos estudantes será a monitoria. Durante a semana, os alunos e professores que estiverem visitando Água na Oca serão acompanhados de educadores capacitados para transmitir o máximo em informação qualificada aos visitantes. Mario Domingos, curador científico da exposição, afirma que a presença dos educadores permitirá um aproveitamento completo da visita, mas que isso não vai significar perda de autonomia por parte dos professores visitantes.


"O professor terá a liberdade de fazer seu próprio caminho pela mostra e criar a interação que quiser com seus alunos pelo Pavilhão da Oca, contando também com o apoio qualificado do educador", diz Domingos.
Água na Oca
De 26 de novembro de 2010 a 8 de maio de 2011
Pavilhão Lucas Nogueira Garcez OcaAv. Pedro Álvares Cabral, S/N Portão 03, Parque Ibirapuera, São Paulo

Ingressos
- Inteira: R$ 20,00
- Estudantes e professores com comprovantes: R$ 10,00 (meia-entrada)
- Menores de 7 e maiores de 60 anos com documento não pagam
- No último domingo de cada mês a entrada é gratuita para todos os visitantes
Recomendações
- Permitido tocar apenas em obras interativas
- Permitido fotografar apenas sem o uso de flash
- Não é permitido transitar pela exposição com alimentos e bebidas
- Não é permitido entrar com mochilas e volumes
- Visitas guiadas são permitidas apenas com monitores da exposição

Agendamento para escolas
- Diverte Cultural: (11) 3883-9090 / exposicao@divertecultural.com.br
- Escolas particulares agendadas: R$ 15 por aluno
- Escolas públicas agendadas estão isentasHorários
- Terças, quartas e sextas-feiras: das 9h às 18h (bilheteria até as 17h)
- Quintas-feiras: das 9h às 21h (bilheteria até as 20h)
- Sábados, domingos e feriados: das 10h às 20h (bilheteria até as 19h)
- Não abre às segundas-feiras e excepcionalmente nos dias 24, 25 e 31 de dezembro de 2010 e em 1º de janeiro de 2011.

Programa da Sangari é tema de reportagem no argentino La Nación

Principal jornalista especializada em Ciências na Argentina relata o entusiasmo de crianças com o programa CTC em escolas públicas

O programa CTC – Ciência e Tecnologia com Criatividade, da Sangari, foi o personagem principal de uma matéria produzida pela mais conceituada jornalista argentina na área de Ciências, Nora Bär. Em um texto vivo e emocionante, Nora descreveu o fascínio de um grupo de alunos da periferia de Buenos Aires, em plena aula, pelo método criado no Brasil pela Sangari. A reportagem foi publicada no domingo (21/11) no jornal La Nacion , periódico que divide com El Clarín o posto de veículo de comunicação mais influente da Argentina.

Nora é membro da Academia Nacional de Periodismo de la República Argentina e, além de colunista de Ciência e Saúde do La Nación , comanda o programa Eureka! na emissora de rádio FM La Isla. Ela descreveu o programa da Sangari como “mais do que um método, um enfoque integral, que proporciona às escolas desde a formação dos professores até livros e todos os materiais para experimentos”.

Para a jornalista, o CTC ajuda as crianças carentes da escola argentina no estudo de Ciências, mas além disso, auxilia no aprendizado em geral, criando um ambiente pedagógico propício entre alunos de baixa renda. Nora relata em sua experiência na sala de aula que essas crianças carentes esboçam um sorriso ao serem apresentadas à hipótese de se tornarem cientistas no futuro. Para Nora, essa é um dívida social que os argentinos terão de encarar, cedo ou tarde.
Jorge Werthein, vice-presidente da Sangari no Brasil e presidente da Sangari na Argentina, aponta as semelhanças nas reações positivas nas escolas em que o CTC é aplicado, ainda que em cidades tão distantes.
“Impressiona ver como em diferentes contextos em que todas essas crianças estão inseridas, em localidades que sofrem com uma profunda exclusão social, como em Lanús, Brasília, favelas no Rio de Janeiro ou escolas em Tucumán, as reações de entusiasmo são tão similares. A pobreza, a exclusão e a carência gritante de oportunidades nas escolas públicas são uma constante e lamentavelmente muito parecidas em nossa América Latina”, diz Werthein.

Rap com Ciência concorre a prêmios de melhor álbum e de ativismo no hip hop

CD tem raps produzidos com alunos de escolas do DF onde a Sangari implementou programa de educação em Ciências

O CD do projeto Rap com Ciência está entre os concorrentes ao Prêmio Hip Hop Zumbi 2010 nas categorias Melhor Álbum e Multiplicação da Revolução (ativismo no Hip Hop). O rapper Japão, do grupo Viela 17, idealizador e coordenador do Rap com Ciência, concorre na categoria Reconhecimento.

A votação está aberta ao público em geral até o próximo dia 3 de dezembro no endereço http://premiohiphopzumbi.blogspot.com/. A cerimônia de premiação será logo em seguida, no dia 5 de dezembro, no Museu da República, em Brasília.

Segundo os organizadores do prêmio, o principal critério de pré-avaliação dos trabalhos inscritos foi o impacto social e político da obra na comunidade, “pois o prêmio visa promover a essência do hip hop e estimular a prática militante e ativista no movimento”. Só foram aceitos e julgados trabalhos lançados entre julho de 2009 e outubro de 2010 e realizados no Distrito Federal e entorno.

“O Prêmio Hip Hop Zumbi visa fortalecer e reconhecer o talento na capital do país”, explicam os organizadores, da ArtSam Produções. Um júri técnico analisará as obras. A votação on line contará pontos, mas quem definirá o resultado será o juri.

Rap com Ciência dá nome a um projeto desenvolvido em 15 escolas públicas do Distrito Federal, com apoio da Sangari. Por meio dele, os alunos receberam estímulo para compor letras de rap combinando o que aprendiam nas aulas de Ciência com outros temas de seu cotidiano. O projeto teve início em agosto de 2009, quando o rapper Japão realizou oficinas e pocket shows com os estudantes. Em menos de um mês, eles compuseram 445 canções. Desse total, 16 entraram no CD “Rap com Ciência”, gravado por Japão e as crianças selecionadas.

24/11/2010

La Nación publica artigo de Inés Dussel sobre falta de iniciativa das escolas

Diretora de Pesquisa da Sangari na Argentina pede escola mais desafiante, para engajar professores e alunos

O jornal La Nación é o mais importante veículo de comunicação da Argentina ao lado de El Clarín . Ambos são os principais formadores de opinião do país entre os veículos impressos. No último domingo (21/11) o La Nación publicou artigo assinado por Inés Dussel, diretora de Pesquisa da Sangari na Argentina e pesquisadora da Faculdade Latino Americana de Ciências Sociais. Em seu texto, Inés defende uma participação mais efetiva da escola no processo educativo. Segundo Inés, hoje é comum que os professores apontem a falta de interesse dos alunos como causa dos resultados insatisfatórios, uma postura passiva, segundo ela. Inés conclama a escola argentina a ser mais rica, desafiante e justa para com os estudantes.

22/11/2010

Instituto Sangari promove megaexposição Água na Oca

Mostra feita em parceria com o Museu de História Natural de Nova York ocorre no Parque Ibirapuera a partir de 26 de novembro

A água é elemento essencial à vida no nosso planeta. Mais de 70% da Terra é água, em suas mais diversas formas e estados. Salgada e doce, líquida e sólida. Por decisão da natureza, o Brasil ficou com o maior manancial de água doce do planeta, um privilégio que justifica a realização de uma megaexposição sobre ela no País, a Água na Oca. O evento será aberto no dia 26 de novembro (sexta-feira) e vai durar quase seis meses, até 8 de maio de 2011, ocupando os 8 mil m² de área do pavilhão da Oca, no Parque Ibirapuera. Idealizada e realizada pelo Instituto Sangari, em parceria com o Museu de História Natural de Nova York, Água na Oca é uma exposição concebida no Brasil e para o Brasil, segundo o curador Marcello Dantas. “Fazer uma exposição sobre a água é como montar uma exposição sobre a vida, um assunto igualmente grandioso e infindável. Eleger a abordagem diante da amplitude do tema é a essência desse projeto”, afirma o curador.

A exposição é dividida por temas, ocupando cada um dos pavilhões da Oca. No térreo, a mostra trará as relações entre a água, a vida e o planeta. Também nessa área haverá aquários com mais de 60 espécies de peixes e uma abordagem sobre a ameaça das pescas predatórias. As janelas redondas da Oca terão imagens em computação gráfica com as espécies da zona abissal dos oceanos.

No primeiro andar da Oca o tema será a fúria das enchentes e suas conseqüências. Nessa área também haverá exibição de controle de qualidade da água e seu uso racional. O subsolo da Oca terá obras de arte relacionadas à água, com cinco trabalhos de artistas brasileiros. Uma parceria com o Instituto Goethe irá permitir a exibição de vídeos de artistas internacionais em cujas obras a água seja a protagonista.

Com mais esse megavento, o Instituto Sangari cumpre uma nova e importante etapa em sua missão de levar ao público em geral a perspectiva da cultura científica como elemento de formação da cidadania e do capital humano. Braço social e cultural da Sangari, o Instituto é responsável por outras grandes mostras, como Revolução Genômica, Darwin e Einstein, que foram vistas por mais de um milhão de pessoas, sendo 450 mil estudantes, em São Paulo, Rio de Janeiro, Petrópolis, Brasília, Goiânia, Curitiba e Vitória.

Mais informações podem ser obtidas no site da mostra:www.aguanaoca.com.br/

Estudo de Miriam Abramovay sustenta reportagem do Correio Braziliense sobre racismo

Pesquisa teve também a contribuição de Julio Jacobo, diretor de Pesquisa e Avaliação da Sangari

A mídia brasileira vem dando destaque ao problema do preconceito e da discriminação racial, e o trabalho de parceiros da Sangari tem sido de grande importância para guiar a discussão sobre soluções e políticas públicas nesse sentido. No dia 22 de novembro, o jornal Correio Braziliense fez reportagem sobre a discriminação nas escolas do Distrito Federal tendo como base um extenso estudo de Miriam Abramovay, socióloga com reconhecida atuação no estudo da violência e preconceito racial no ambiente escolar e parceira da Sangari em vários projetos. A pesquisa mostrou, por exemplo, que 55% dos alunos da rede pública do DF já testemunharam cenas de racismo na escola.

Miriam coordenou o estudo a pedido da Secretaria de Educação do Distrito Federal e da Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana e contou também com a colaboração de Júlio Jacobo, diretor de Pesquisa e Avaliação da Sangari. Confira abaixo a reportagem publicada pelo jornal Correio Braziliense.

Leia matéria na íntegra.

Exposição "Água na Oca" usa interatividade para gerar debate

Os debates sobre a questão do meio ambiente ganham um novo fôlego na cidade na sexta (26), justamente a partir de um de seus recursos mais preciosos. A megaexposição "Água na Oca", em cartaz até maio de 2011 no Parque do Ibirapuera, reflete sobre a relação do homem com o líquido que ocupa 70% do planeta. Três andares da construção projetada por Oscar Niemeyer serão ocupados com instalações audiovisuais e interativas, aquários (reais e virtuais), terrários, fotografias, vídeos, esculturas e maquetes de embarcações.

Com curadoria de Marcello Dantas (responsável por outras mostras de grande porte do espaço, como "Bossa na Oca" e "Roberto Carlos - 50 Anos de Música"), a montagem teve origem em "Water: H20 = Life", exibida em 800 metros quadrados do Museu de História Natural de Nova York em 2007. Adaptada para a realidade brasileira com apoio do Instituto Sangari, ela chega a São Paulo com 8.000 metros quadrados, ou seja, dez vezes maior.

"Lá, o viés era somente ambiental e informativo. Aqui procuramos expandir o debate, flertar com a arte, o entretenimento e a política, mas sem cair no discurso panfletário, doutrinário", explica Dantas. Um amplo processo educativo será tocado por monitores treinados pelo Sangari. Os curadores científicos de "Água na Oca", Gustavo de Mattos Accácio e Mário Donizeti Domingos, ressaltam o apelo instrutivo da exposição. "A nossa ideia não é entregar respostas prontas para os estudantes, e sim provocar perguntas, fazer pensar", diz Domingos.
Logo no térreo, o espectador depara com o aspecto mais científico das atrações. Ali está um aquário com espécies de peixes de várias regiões do mundo, além de um terrário composto de animais criados em 3D, simulando o ecossistema de um manguezal. Já nas janelas da Oca - não por acaso semelhantes a escotilhas -, vídeos exploram virtualmente o fundo do mar, a 10 quilômetros de profundidade.

Ainda no térreo, uma balança compara o peso proporcional em água de várias espécies. Intitulado "O Desaguar", o subsolo do prédio é reservado às obras de arte relacionadas ao tema da mostra. Conhecido por suas esculturas de aço, pedra e, é claro, muita água, o inglês William Pye apresenta quatro peças. Outros destaques incluem o vídeo "Rain", do alemão Thomas Demand (com imagens em close de gotas caindo, que revelam ser de uma frigideira), uma série de fotografias de natureza da carioca Claudia Jaguaribe e uma instalação assinada pela dupla paulistana Gisela Motta e Leandro Lima, com lâmpadas que emulam o movimento de ondas. O 1º andar é dedicado mais diretamente à nossa relação com a água.

O visitante pode sentir na pele o drama de enfrentar um alagamento, através de uma casa montada em meio a uma tempestade, inclusive com tábuas no chão e água jorrando do lado de fora. Jornais exibidos em paredes trazem reportagens sobre enchentes desde a década de 30.
Também no 1º andar, um painel interativo explica que o ato de tomar um copo de suco ou lavar o carro envolve muito mais água do que se imagina, e dá dicas para um uso mais racional e sustentável. Por fim, o 2º andar da Oca é uma espécie de planetário ao contrário. O espectador deita em colchões de água e assiste a uma animação projetada no teto - mais uma vez sobre as profundezas desconhecidas dos mares. "Fomos para a Lua, sonhamos em colonizar Marte e nem sequer chegamos ao fundo dos oceanos", observa Marcello Dantas. "Ainda existe um universo cheio de segredos a ser descobertos."

Fonte: Revista Veja São Paulo