A partir de hoje (26/11) o público pode visitar a exposição Água na Oca, a maior mostra sobre a água já feita no Brasil. Idealizada pelo Instituto Sangari em parceria com o Museu de Arte Natural de Nova York, a mostra brasileira ocupa 8 mil m² do Pavilhão da Oca, dez vezes mais do que a versão vista pelos novaiorquinos. Para quem quiser aproveitar para visitar a megaexposição já neste fim de semana, a organização programou entrada gratuita para o domingo (28/11). Durante os cinco meses e meio da mostra, só haverá entrada franca nos últimos domingos de cada mês.
A abertura oficial do evento ocorreu nesta quinta-feira (25/11), com um coquetel para centenas de convidados. Para o presidente do Instituto Sangari, Ben Sangari, a inauguração teve reações muito positivas dos convidados e serviu como um termômetro para indicar o sucesso da mostra.
Antes de chegar ao Brasil a exposição havia circulado por Estados Unidos, Canadá e Austrália com o nome Water: H2O = Life. Trazida pelo Instituto Sangari, ganhou o nome de Água na Oca e dimensões muito maiores, além de cores, movimentos e interatividade exclusivos, mas com o mesmo objetivo de misturar ciência e educação para mostrar a importância da água para a vida na Terra.
Caminhar pela exposição é um passeio didático. Ao mesmo tempo em que a interatividade com as instalações diverte o público, também serve ao aprendizado. Por isso, boa parte dos visitantes da Água na Oca virá das escolas. A organização pretende atrair entre 100 mil e 120 mil alunos das redes pública e privada de ensino em seus cinco meses e meio de duração.
A mostra é dividida por temas, pelos quatro andares em que está montada no Pavilhão da Oca, e está repleta de instalações que levam o visitante a uma viagem pelos rios, oceanos e pela vida marinha no nosso planeta. O subsolo da Oca tem obras de arte relacionadas à água, com cinco trabalhos de artistas brasileiros. Uma parceria com o Instituto Goethe permite a exibição de vídeos de artistas internacionais em cujas obras a água seja a protagonista.
No térreo, a mostra traz as relações entre a água, a vida e o planeta. Também nessa área há aquários com mais de 60 espécies de peixes e uma abordagem sobre a ameaça das pescas predatórias. As janelas redondas da Oca têm imagens em computação gráfica com as espécies da zona abissal dos oceanos.
No primeiro andar da Oca o tema é a fúria das enchentes e suas conseqüências. Nessa área também há exibição de controle de qualidade da água e seu uso racional. O tour se encerra no segundo andar com a exibição de um filme com oito minutos de duração em que uma moeda cai no mar e tem sua trajetória mostrada entre os seres vivos até repousar no fundo do oceano.
Com mais esse megaevento, o Instituto Sangari cumpre uma nova e importante etapa em sua missão de levar ao público em geral a perspectiva da cultura científica como elemento de formação da cidadania e do capital humano. Braço social e cultural da Sangari, o Instituto é responsável por outras grandes mostras, como Revolução Genômica, Darwin e Einstein, que foram vistas por mais de um milhão de pessoas, sendo 450 mil estudantes, em São Paulo, Rio de Janeiro, Petrópolis, Brasília, Goiânia, Curitiba e Vitória.
Desafios mundiaisBen Sangari abriu a megaexposição lembrando, num rápido discurso, como o cidadão de hoje precisa de cultura científica para pensar e decidir sobre as principais questões da nossa era. E expressou sua confiança de que a mostra Água na Oca contribua para alertar sobre um dos grandes desafios mundiais da atualidade, que é a crescente escassez de água potável.
Leia a transcrição do pronunciamento:
"Senhoras, senhores, boa noite.É com muita alegria que o Instituto Sangari e seus parceiros os recebem aqui hoje para a abertura oficial da exposição Água na Oca.
A partir de amanhã, os moradores de São Paulo e de todo o Brasil terão uma oportunidade rara: sem tirar os pés do chão e sem se molhar (talvez um pouquinho...), todos poderão mergulhar no mundo da água e aprender muito sobre esse elemento essencial à vida humana.
Sempre dizemos que temos sede de conhecimento, sede de saber. Água na Oca pode saciar um pouco dessa sede. Afinal, todos nós encontramos nesta mostra respostas para muitas de nossas dúvidas sobre a água.
Por outro lado, todos nós também descobrimos aqui novas perguntas. Saímos desta oca mais curiosos, mais atentos. E é esta mesmo a principal ideia desta exposição e de todas as anteriores do Instituto Sangari: despertar nossos sentidos e nossa razão para a importância do conhecimento em nossas vidas.
Temos sede também de grandes exposições científicas no Brasil. Sentimos falta de espaços públicos onde possamos observar, ouvir e debater fenômenos com recursos que dificilmente vemos nas escolas, como cinema 3D, jogos interativos, ambientes virtuais e outros instrumentos que permitem unir a teoria com a experimentação prática, estudo e diversão, aprendizado com prazer.
Por isso, Água na Oca é uma exposição educativa acima de tudo, e a presença de professores e estudantes é tão importante para nós - e aqui me refiro também ao nosso principal parceiro, o Museu de História Natural de Nova York.
O que começa amanhã, aqui na Oca, a se revelar diante dos olhos dos brasileiros é o fruto do esforço do Instituto Sangari para divulgar a ciência e difundir a cultura científica, sobretudo entre as crianças e jovens brasileiros.
Queremos que eles sejam cada vez mais cidadãos com voz ativa e poder de decisão sobre as grandes questões da nossa era, da clonagem humana, da nano-robótica inteligente, do aquecimento global, entre outras, todas exigindo de nós pelo menos algum conhecimento científico e tecnológico para sustentar nossas ideias e opiniões.
Esta grande experiência que abrimos ao público, com orgulho, é fruto desse esforço conjunto com nossos parceiros – IBM, Petrobras, Bradesco, Movimento CYAN-Ambev, Volkswagen e Tejofran – para oferecer os recursos tecnológicos mais avançados em benefício de uma melhor compreensão, de um aprendizado mais profundo, que efetivamente nos capacita a atuar na sociedade do conhecimento.
Esperamos que todos, principalmente as crianças e os jovens, aprendam mais e melhor com esta exposição, e que possam desde já nos ajudar a enfrentar desafios mundiais como o da escassez de água em diversas regiões, da falta de acesso à água potável, da preservação dos recursos hídricos e dos oceanos, entre outros.
Vamos começar, com alegria, essa nova jornada.
Aproveitem. Descubram. Divirtam-se. São todos bem-vindos!
Muito obrigado!"
Água na Oca
De 26 de novembro de 2010 a 8 de maio de 2011
Pavilhão Lucas Nogueira Garcez – Oca
Av. Pedro Álvares Cabral, S/N – Portão 3, Parque Ibirapuera, São Paulo http://www.aguanaoca.com.br/
Ingressos
- Inteira: R$ 20
- Estudantes e professores com comprovantes: R$ 10 (meia-entrada)
- Menores de 7 e maiores de 60 anos com documento não pagam
- No último domingo de cada mês a entrada é gratuita para todos os visitantes Recomendações
- Permitido tocar apenas em obras interativas
- Permitido fotografar apenas sem o uso de flash
- Não é permitido transitar pela exposição com alimentos e bebidas
- Não é permitido entrar com mochilas e volumes
- Visitas guiadas são permitidas apenas com monitores da exposição
Agendamento para escolas
- Diverte Cultural: 11 3883-9090 exposicao@divertecultural.com.br
- Escolas particulares agendadas: R$ 15 por aluno
Horários
Terças, quartas e sextas-feiras: das 9h às 18h (bilheteria até as 17h)
Quintas-feiras: das 9h às 21h (bilheteria até as 20h)
Sábados, domingos e feriados: das 10h às 20h (bilheteria até as 19h)
Não abre às segundas-feiras e excepcionalmente nos dias 24, 25 e 31 de dezembro de 2010 e em 1º de janeiro de 2011.
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