29/04/2009

Desigualdades digitais

O estudo desenvolvido pela Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (RITLA) com a parceria do Instituto Sangari e do Ministério da Educação, reforça o conceito de que as desigualdades digitais reproduzem as diferenças existentes na sociedade. O trabalho utiliza dados sobre a internet do IBGE referente ao ano de 2005.

A pesquisa revela que os dez estados com acesso à internet concentrado na menor parcela da população estão nas regiões Norte e Nordeste, que também apresentam os piores resultados em outros indicadores sociais, como a renda. O Distrito Federal apresenta o melhor índice de igualdade, seguido pelas regiões Sul e Sudeste.

Segundo o mapa, quando analisados os indicadores internet domiciliar e o uso da rede mundial de computadores, por exemplo, apenas 14,7% da população brasileira de 10 anos ou mais mora em domicílios com acesso a este serviço. Nos estados de Alagoas e no Maranhão, esses índices caem para 4,5% e 2,1%, respectivamente, enquanto o DF apresenta uma taxa de 31,1%.

Nas instituições de ensino a situação é mais alarmante. Entre os estudantes que frequentam o Ensino Fundamental, só 5,4% utilizam internet na escola. Essa proporção eleva-se para 37,7% quando se trata dos estudantes mais ricos, deixando evidente que as diversas desigualdades socioeconômicas que caracterizam o Brasil influenciam intensamente nas condições de acesso às modernas tecnologias da informação.

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