02/03/2010

CTC é destaque na edição de 28 de fevereiro do suplemento infantil do Jornal da Cidade (Jundiaí)

Quem quer ser um cientista?

Atuações modernas de ensino mostram que a experiência prática vai muito além do grãozinho de feijão plantado no algodão molhado
Jornal da Cidade (Jundiaí)

Criar um relógio lunar de papelão para olhar o calendário de acordo com as fases da lua. Fazer uma calculadora funcionar ligada numa batata (isso mesmo!). Ou usar bolinhas de sabão para entender por que o ar existe e corante de alimentos pra descobrir outros fenômenos da natureza. Parecem mesmo coisas de cientista, não é?! E é. Só que essas e muitas outras experiências foram parar nas salas de aula de escolas públicas do Rio de Janeiro e de todo o Distrito Federal, onde crianças de 6 a 14 anos do ensino fundamental têm descoberto o quanto é legal aprender Ciências na prática.

Desenvolvido e aplicado por um grupo de pesquisadores e cientistas da Sangari Brasil, o projeto Ciência e Tecnologia com Criatividade (CTC) vem revolucionando o ensino de Ciências onde joguinhos, massinha de modelar, rochas minerais, água, xampu e até minhocas são elementos de ensino tão importantes quanto os livros e vídeos. Meninos e meninas aprendem brincando, sem deixar de fazer do resultado algo sério. As práticas modernas de ensino mostram que a experiência prática vai muito além do grãozinho de feijão plantado no algodão molhado e deixado pra brotar num copinho vazio de iogurte.

No DF, o projeto recebeu o nome de Ciência em Foco. Nas escolas do Rio, chama-se "Cientistas do Amanhã". Aluna da 4ª série do DRE Taguatinga, no Distrito Federal, Larissa Nogueira ficou surpresa com as descobertas que deve durante as aulas. "Eu nunca imaginei que com uma batata podia fazer uma calculadora funcionar. Quando o Ciência em Foco chegou muitas coisas mudaram. Agora é melhor do que antes. A gente pode ter a emoção de fazer a nossa própria experiência", comemora ela. Ao comparar as aulas de Ciências antes e depois do Ciência em Foco, Gabriela Ribeiro, aluna da 4ª série do DRE Recanto das Emas, também do DF, também sentiu diferença. "Eu gostei porque agora nós participamos das aulas. Não ficamos só escutando a professora", diz.

A empolgação nas escolas não é só dos alunos. As professoras de Ciências do DRE Taguatinga, Francisca e Icléa, perceberam as mudanças no estímulo e na frequência dos alunos na escola, com menos faltas a cada dia. "O Ciência em Foco trouxe nos o método científico de uma forma simples, acessível e prazerosa levando nossos alunos, através do levantamento e testagem de hipóteses, a vibrarem diante dos experimentos", observa Francisca. Já Icléa percebe que a empolgação é geral. "O registro no Diário de Ciências (onde os alunos escrevem sobre o que aprenderam) permitiu um crescimento na produção textual com os diferentes tipos de registros,levando-os a escrever o seu conhecimento com alegria".

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